Hoje termina a temporada do nosso descontentamento e com ela, espero, que termine também o nosso pesadelo.
Sei que o meu Sporting é um clube com uma história imensa que não se pode perder por não ter à altura gente que o saiba elevar de novo à posição de onde nunca deveria ter saído.
Sei também que não se pode ganhar sempre e que se deve saber perder.
Sei que o meu Sporting tem compromissos financeiros há tempo demasiado para as suas ambições.
Mas... será que os contratempos deveriam ter-se concentrado todos na mesma temporada?
Falta de dinheiro?
Incompetência de Dirigentes e Equipa Técnica?
Scouting interesseiro ou incompetente?
Debilidade na ambição do plantel ou na sua preparação física e emocional?
Falta de alternativas credíveis por lesões sucessivas de jogadores titulares?
Jogadores susceptíveis à primeira falha apontada?
(estas últimas resumem-se a falta de competência na gestão dos recursos humanos, incompreensível num clube com a nossa ambição)
Depois de algumas questões que me parecem importantes colocar aqui, para hoje não ambiciono nada, nem mesmo que alcancem o tão inatingível 3º lugar. Se ganharem virei aqui festejar como é óbvio.
O meu problema é outro e por isso peço encarecidamente a esta Direcção, e é a primeira vez que a ela me dirijo. Por favor, não tornem difícil o meu combate com os Avós do meu neto Tiago. Como posso convencer um miúdo que o Sporting é o MAIOR se, como perguntava uma criança ao Yannick Djaló (no programa da Catarina Furtado) - porque é que o Sporting está sempre a perder?
Pensem nisso e não alienem mais nenhuma hipótese de reconquistar os adeptos que têm vindo a perder. Não que os adeptos mais velhos deixem de ser Sportinguistas mas certamente que deixaram de ter paciência para acompanhar um clube que deixou de lhe dar alegrias. Ao contrário os mais jovens migram para clubes mais a norte porque não há justificação para dizerem aos amigos que pertencem a um clube que nada ganha.
Dirão alguns que fui longe demais. Pode ser. Porém, não consigo ficar indiferente, sem dizer algo construtivo, quando o meu clube do coração termina a época com uma décalage pontual para o 1º classificado que não tenho coragem de registar aqui.
Termino dizendo, uma vez mais, que o meu verde continua cheio de ESPERANÇA.