Dos três ídolos da nossa juventude já só temos o Hilário e o Fernando Mendes.
Helena, hoje, quando soube da morte do nosso querido João Morais, fiquei feliz por saber que finalmente descansou do sofrimento físico a que últimamente estava sujeito e pedi a Deus que acolha a sua alma em paz, mas lembrei-me que tu, onde queres que estejas, estarás a sofrer pelo desaparecimento dum símbolo vivo dos tempos gloriosos em que o nosso clube ganhava muitos troféus onde quer que se deslocasse e competisse. E como nós éramos orgulhosas deles e dos seus feitos!!!!
Éramos três, tu a Anita e eu. A Anita até chegou a namorar com o Hilário como bem sabes que privavas mais com ela do que comigo. Eu tinha uma paixoneta assolapada pelo nosso capitão, tão sóbrio e tão inatingível, mas tu amiga, que sabias que o Morais era casado, não desistias de o perseguir para o inquietares e perturbares com a tua paixão de leoa e jovem em profunda turbulência. Não deu em nada é certo mas ficou na nossa memória como sentimentos e disparates que só se fazem naquela fase da adolescência que então vivíamos.
Ao Morais uns recorda-lo-ão como um brilhante jogador da sua época. Outros o recordarão como um verdadeiro leão que eu sei que foi. Outros ainda pelo célebre golo de canto com que ele sonhou e acabou por realizar com tal magia que vale ainda hoje como o único troféu ganho pelo Sporting em competições europeias.
Nós, aliaremos isso tudo à lembrança dos sonhos que então tínhamos de que iríamos, as três, casar com jogadores do nosso clube - o Sporting - que, como ele, sempre defenderemos independemente das vitórias ou derrotas da vida.
João, com o devido respeito e admiração, aceita este post como a minha sentida homenagem post mortem.
foto rapinada d'aqui